quarta-feira, 17 de abril de 2013

Especulações e reflexão sobre os vários aspectos da sexualidade humana





Faz alguns dias que tenho sido atormentado, durante os períodos de insônia nada incomuns, por intensa atividade cerebral. As áreas de foco durante os períodos em que estava “raciocinando minha cabeça” são dos mais diversos, porém, um tem sido mais recorrente, motivo que me levou a escrevê-los, e compartilhar com os demais estas observações. As “conclusões” e análises aqui apresentadas estão longe de representar qualquer verdade.  As evidências utilizadas foram observações pessoais (evidência anedótica, com possibilidade de erro enorme) das parcelas de população e suas correlações com os vários aspectos da sexualidade humana.

Chega de enrolação, e vamos lá:

Sabe-se que existe uma gama enorme de aspectos comportamentais sexuais humanos, assim como características exclusivamente físicas e decorrentemente genéticas, que também são “agraciadas” pelas benesses da diversidade natural.

Quase todas as características podem existir em oposição à outra, menos nos casos de cromossomos e fenótipos, onde existiram dependências específicas próprias. Exemplo: Uma mulher XX com uma vagina dificilmente terá aparência total masculina (mas eu não duvido da diversidade natural :P)

Outra coisa é a desvinculação da identificação sexual (que não fiz um gráfico), nível de atração e tipo de atração sexual de todas as outras características. Pode perfeitamente e naturalmente existir um indivíduo XY, com aparência andrógina, um pênis típico, com identificação sexual feminina, pouca atração sexual e heterossexual. Pensem nas infinitas possibilidades de indivíduos. Todos estes são perfeitamente naturais e sem contar os casos genéticos específicos, perfeitamente “normais”.

Um destes aspectos são os cromossomos sexuais. Além do conhecimento de ensino médio, XX mulher, XY homem, sabe-se da ocorrência de diversas mutações, que certas vezes não alteram muitas características do individuo, além das sexuais, e outras vezes alteram e comprometem completamente a sobrevivência destes indivíduos.  Não é meu intuito se aprofundar no tema, pois exigiria demasiado aprofundamento em um tema que considero interessantíssimo – a genética – mas falta-me tempo. Portanto, limitar-me-ei a expor que existem vários estados “intermediários” genéticos, além daqueles citados, XX e XY.



Na tabela acima, vemos algumas destas variações (XO, XXY, XXXX, XXXXX, XXYY, XYY) com uma distribuição não exata, mas que representa a ideia proposta, e mostra a curva gráfica existente, que vai se demonstrar em vários outros elementos da sexualidade.

Pois bem, passemos para o próximo aspecto.



O fenótipo (aparência) depende da genética e dos cromossomos sexuais, porém não lhe é restrito. Existem mulheres com aparência bastante masculinizada, assim como seu inverso, homens com aparência feminina. 

Não estou falando de órgãos sexuais, mas somente de outras características (nariz, proporções do corpo, formato de olhos e bocas, etc.). Outros elementos podem contribuir, e é importante, neste aspecto, notar que existe uma distribuição escalonada. Exemplo: Na ponta esquerda do gráfico, teríamos um indivíduo com traços tipicamente masculinos totais. Um pouco a direita, o mesmo, com algum traço típico feminino. Depois, um indivíduo tipicamente masculino com dois traços femininos, e assim sucessivamente. Até chegarmos ao meio, onde situam-se os indivíduos com traços tão balanceados, que causam  dúvida ao observador de seu gênero sexual.

A linha representa a distribuição (aparente, lembrando sempre) das populações nestas características.

Próximoooo:



Aqui o exemplo do fenótipo (órgão sexual), onde também existe bastante variabilidade. Nos dois extremos, pênis e vaginas típicos, e no centro, ambos os órgão sexuais (hermafroditismo). Entre eles, alguns indivíduos que possuem o órgão sexual completo de um gênero e elementos de outro, sem completude, enfim, dá pra entender. A linha novamente aponta a distribuição das populações.



Mesma coisa dos anteriores, mas agora a distribuição se inverte. Existem mais indivíduos com um nível de atração sexual médio que os assexuados ou com níveis de atração de nível patológico que desconsideram até mesmo seus freios de moralidade ou os impostos pela sociedade (criminosos sexuais das mais variadas espécies).

A curva continua presente.



O tipo de atração sexual feminina é algo que quero deixar em separado do gênero masculino. Sabe-se que há uma cultura pró (permissiva, pelo menos, ou não condenatória) bissexualidade feminina. Aparentemente, muitas mulheres sentem atração por ambos os gêneros.  A distribuição das populações seguiria o formato curva acima, que não é de todo estranho, já que se manifestou em outros aspectos da sexualidade.

Agora vamos à atração sexual masculina. Se visualizarmos o número de homossexuais, bis e héteros, teremos a seguinte distribuição:



Mais aí é que está. Porque este gráfico difere tanto de todos os outros, incluindo o de mesmo tipo do gênero oposto?

O gráfico de distribuição de populações poderia também ser do tipo abaixo:



Parece-me também estranho, já que o número de homossexuais puros deveria ser aproximado do número de héteros puros.

PERCEBA, pelo amor de Odin, Anúbis, Juju Chessus, que quando falo de um comportamento homossexual ou heterossexual puro, presumo ser aquele individuo que tem atração exclusivamente pelo seu gênero ou outro (se é que isso existe – presumo que sim). Um homem que sente atração exclusivamente por outros seria um homossexual puro e um que sente atração exclusivamente por mulheres um hétero puro.

Todos são perfeitamente naturais, normais, apesar de geralmente uns serem citados como “incomuns”.

Como acredito não haver tantos homo quanto héteros, visualizando as populações respectivas, que a distribuição se dá como no gráfico abaixo:




Essa distribuição seguiria o padrão feminino e de outras características sexuais. Implicações trazidas seriam que a maioria dos indivíduos teriam atração tanto por homens quanto por mulheres, variando em intensidade para um ou outro lado. Como sabemos que existe pressão social para o preconceito, ou até mesmo segregação e condenação dos homossexuais, tal característica seria totalmente disfarçada, e quem sabe, eis a causa da homofobia.

“Com outro homem não se deitará, como se fosse mulher, abominação é” - pq fala que nem o Mestre Yoda, Bíblia fdp? - além de outros preconceitos de outras origens, muitas vezes religiosas, podem somados à normal atração sexual por ambos os gêneros, converterem-se na homofobia virulenta que vitima muitos, especialmente entre no gênero masculino.

Haveria meios eficazes de se alcançar dados reais que confirmassem tal colocação. Mas para tal, seria necessária a análise da atividade cerebral direta, para detectar a atração sexual, já que muito provavelmente, “machões do tipo alpha” dificilmente revelariam eventual atração que sentissem ao depara-se com fotos de homens nus.

****IMPORTANTE: Toda essa hipótese e análise não conta necessariamente com respaldo de dados populacionais, nem mesmo outras análises necessárias. Fica, portanto, como exercício puro reflexivo.

Um abraço!

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