Blog de conteúdo diverso. Divulgação científica, niilismo, ceticismo, misantropia, nerdices, games, poesias, filosofia, astronomia, astrofotografias, entre outras, mas nada de "importante".
Primeiro que esta merda é fake, mas ok. Isso provavelmente já aconteceu. Que crueldade Fernanda!
Mas a Fernanda errou feio, errou rude, em um ponto (e que é bastante comum): Achar que tua maneira de interpretar o mundo é a única que existe, e a maneira que você faz as coisas é a única certa. Isso sem contar a total desconsideração com a enorme diversidade humana, principalmente no campo valorativo e modelos de ideais. Se ela acha que o modelo de homem ideal para sua felicidade é o homem selvagem, "idiota", impulsivo. maravilha, busque o que lhe agrada e seja feliz. Mas não queira, por favor, tornar a sua palavra como a de "todas nós, garotas". Quem te passou procuração pra isso?
"Henriques" da vida: Mudem de ambiente, procurem conhecer pessoas com valores e paradigmas diferentes. Não insistam em buscar relacionamento/amizade com quem não reconheça seu valor como indivíduo. Provavelmente, isso não vá mudar, por mais que a pessoa quebre a cara trocentas vezes.
Primeiramente gostaria de desculpar-me pela ausência cada vez mais frequente neste blogue. Infelizmente (ou felizmente) tenho que trabalhar para poder custear minha existência e um mínimo conforto, além disso, também preciso estudar e já gasto muito tempo diariamente ajudando na administração de grupos de debates da Sociedade Racionalista (aqui e aqui), além de algumas das publicações da fanpage. Então, falta tempo para escrever exclusivamente para o blogue, motivo que me trouxe uma ideia interessante: transcrever aqui alguns debates que participo ou publicações que escrevo no facebook.
Um destes foi uma pergunta no Grupo "Debates Científicos", que segue:
"O que existe no centro de uma galáxia? E por que mesmo sendo tão claro não conseguimos enxergar a noite?"
Sei que a foto utilizada pode nada ter a ver com os relatos dos fenômenos - que de antemão já posso afirmar serem muito provavelmente de origens naturais -, nem sei se foi a intenção do autor do post, etc., mas, sei que a imagem usada é facilmente explicada. Abaixo a imagem do CUB:
Vamos lá! Uma técnica que é muito utilizada na astrofotografia e fotografia é a fotografia de longa exposição. Consiste em configurar a câmera para que haja captação ininterrupta da luz por vários segundos, minutos ou até horas, produzindo efeitos incríveis sem "edição" da imagem. Vejamos alguns destes:
"A compreensão humana não é simples luz, mas sim recebe infusão da vontade e os afetos; de onde procedem ciências que podem chamar-se “ciências a discrição”. Porque o homem crie com mais disposição o que preferiria que fora certo. Em conseqüência rechaça coisas difíceis por impaciência na investigação; silencia coisas, porque reduzem as esperanças; o mais profundo da natureza, por superstição; a luz da experiência, por arrogância e orgulho; coisas não cridas usualmente, por deferência à opinião do vulgo. São, pois inumeráveis os caminhos, e às vezes imperceptíveis, em que os afetos colorem e infectam a compreensão." (Francis Bacon, Novum Organon, 1620).
Meus pais morreram faz anos. Eu estava muito unido a eles. Ainda jogo terrivelmente de menos. Sei que sempre será assim. Desejo acreditar que sua essência, suas personalidades, o que tanto amei deles, existe —real e verdadeiramente— em alguma outra parte. Não pediria muito, só cinco ou dez minutos ao ano, por exemplo, para lhes falar de seus netos, para pô-los ao dia das últimas novidades, para lhes recordar que os quero. Há uma parte de mim — por muito infantil que soe — que se pergunta onde estarão. “Vai tudo bem?”, eu gostaria de lhes perguntar. A última palavra que me ocorreu lhe dizer a meu pai no momento de sua morte foi: “te cuide.”.
SOU ATEU e mereço o mesmo respeito que tenho pelos religiosos.
A humanidade inteira segue uma religião ou crê em algum ser ou fenômeno transcendental que dê sentido à existência. Os que não sentem necessidade de teorias para explicar a que viemos e para onde iremos são tão poucos que parecem extraterrestres.
Já aviso de antemão: este texto "pica of galaxies" não é meu. Gostaria muito de tê-lo escrito, mas sua autoria pertence ao amigo/colega/companheiro de Sociedade Racionalista, o srto. Kaio Cid Barba Negra do Rio Costa. Se alguém quiser adicionar o meliante (Tem cara de mal, barbudo from hell, mas é gente boníssima), eis seu facebook: https://www.facebook.com/KaiooCosta. Eu queria ter um robô. Eu queria assumir um pseudônimo. Um pseudônimo na vida toda. É, eu queria esconder. Queria esconder como me sinto mal em ver preconceitos, injustiças, corrupções. Não só a corrupção estatal e a corrupção do político, mas também a corrupção moral, a corrupção estética, a corrupção pessoal. Por que eu queria ter um robô? Porque robôs, teoricamente, são programáveis. Até mesmo o preconceito do robô. Ele é assim porque alguém o fez assim e ele não tem culpa. Nós não! Nós temos culpa, todos nós. Nós temos culpa pela falta de educação, pela saúde precária, pelas lâmpadas na cara e pelos chutes na bunda, pelo dinheiro na cueca; nós temos culpa.
Sugerirei aqui um belo programinha que já me diverti muito na utilização, além do aprendizado:
Universe Sandbox.
Informações da wiki:
Universe Sandbox é um simulador de gravidade interativo. Usando o Universe Sandbox pode-se ver os efeitos da gravidade sobre os objetos do universo e executar simulações do nosso sistema solar, várias galáxias ou outras simulações, ao mesmo tempo que interage-se e matém o controle sobre a gravidade, tempo e outros objetos no universo (luas, planetas, asteróides, cometas, buraco negros, etc). Atualmente este software está disponível somente para os PCs com Windows, mas o desenvolvedor já mostrou interesse na conversão para outras plataformas.
Tem gente que acha que é gente de bem, "humano direito", só porque andou a vida inteira na linha (não roubou ou matou, mas com certeza já usou do jeitinho brasileiro).
Queria é ver, por quanto tempo isso iria durar, com algumas (ou todas) as situações abaixo:
“Os sonhos de um homem ou de um grupo podem ser cômicos, mas os sonhos
humanos coletivos, para nós que não podemos ultrapassar o círculo da
humanidade, são patéticos.
O universo é muito vasto, como revela a astronomia. Não podemos dizer o que
existe além do que os telescópios mostram. Mas sabemos que é de uma imensidão
inimaginável. No mundo visível, a Via Láctea é um fragmento minúsculo; e, nesse
fragmento, o sistema solar é uma partícula infinitesimal, e, dessa partícula,
nosso planeta é um ponto microscópico. Nesse ponto, pequenas massas impuras de
carbono e água, de estrutura complexa, com algumas raras propriedades físicas e
químicas, arrastam-se por alguns anos, até serem dissolvidas outra vez nos
elementos de que são compostas. Elas dividem seu tempo entre o trabalho
designado para adiar o momento de sua dissolução e a luta frenética para
acelerar o de outras do mesmo tipo. As convulsões naturais destroem
periodicamente milhares ou milhões delas, e a doença devasta, de modo
prematuro, mais algumas. Esses eventos são considerados infortúnios; mas quando
os homens obtêm êxito ao impor semelhante destruição por seus próprios
esforços, regozijam-se e agradecem a Deus. Na vida do sistema solar, o período
no qual a existência do homem terá sido fisicamente possível é uma porção
minúscula do todo; mas existe alguma razão para esperar que mesmo antes desse
período terminar o homem tenha posto fim à sua existência por seus próprios
meios de aniquilação mútua.
Assim é a vida do homem vista de fora.
Mas tal visão da vida, como sabemos, é intolerável, e destruiria a
energia instintiva pela qual o homem persiste. A forma que encontraram para
escapar dessa cruel perspectiva foi por meio da religião e da filosofia.”
Na última semana uma tragédia abalou todos os funcionários e alunos da Faculdade Cásper Líbero, onde estou terminando o curso de jornalismo. O aluno de Rádio e TV Victor Hugo Deppman, de 19 anos, foi morto por um assaltante na frente do prédio onde morava, na noite da terça-feira (9). O crime chocou não só pela banalização da vida – Victor Hugo entregou o celular ao criminoso e não reagiu –, mas também pela constatação de que a tragédia poderia ter acontecido com qualquer outro estudante da faculdade.
Esse novo capítulo da violência diária em São Paulo ganhou atenção especial da mídia por um detalhe: o criminoso estava a três dias de completar 18 anos. Ou seja, cometeu o latrocínio (roubo seguido de morte) enquanto adolescente e foi encaminhado à Fundação Casa.
Óbvio que a primeira reação é de indignação; acho válida toda a revolta da população, em especial da família do garoto, mas não podemos deixar que a emoção nos leve a atitudes irresponsáveis. Sempre que um adolescente se envolve em um crime bárbaro, boa parte da população levanta a voz para exigir a redução da maioridade penal. Alguns vão adiante e chegam a questionar se não seria hora do Estado se igualar ao criminoso e implantar a pena de morte no país. Foi o que fez de forma inconsequente o filósofo Renato Janine Ribeiro, em artigo na Folha de S. Paulo, por ocasião do assassinato brutal do menino João Hélio em 2007.
Além de obviamente não termos mais espaço para a Lei de Talião no século XXI, legislar com base na emoção nada mais atende do que a um sentimento de vingança. Não resolve (nem ameniza)o problema da violência urbana.
O que chama a atenção é maneira como a grande mídia cobre essas tragédias. A maioria das matérias que vemos nos veículos tradicionais só reforçam uma característica do Brasil que eles mesmo criticam: somos o país do imediatismo. A cada crime brutal cometido por um adolescente, discutimos os efeitos da violência, mas não as suas causas. Discutimos como reprimir, não como prevenir. É uma tática populista que desvia o foco das reais causas do problema.
Abaixo exponho a lista de motivos pelos quais sou contra a redução da maioridade penal:
1 – As leis não podem se basear na exceção
A maneira como a grande mídia cobre estes crimes bárbaros cometidos por adolescentes nos dá a (falsa) impressão de que eles estão entre os mais frequentes. É justamente o inverso. O relatório de 2007 da Unicef “Porque dizer não à redução da idade penal” mostra que crimes de homicídio são exceção:
“Dos crimes praticados por adolescentes, utilizando informações de um levantamento realizado pelo ILANUD [Instituto Latino-Americano das Nações Unidas para Prevenção do Delito e Tratamento do Delinquente] na capital de São Paulo durante os anos de 2000 a 2001, com 2.100 adolescentes acusados da autoria de atos infracionais, observa-se que a maioria se caracteriza como crimes contra o patrimônio. Furtos, roubos e porte de arma totalizam 58,7% das acusações. Já o homicídio não chegou a representar nem 2% dos atos imputados aos adolescentes, o equivalente a 1,4 % dos casos conforme demonstra o gráfico abaixo.”
E para exibir dados atualizados, dentre os 9.016 internos da Fundação Casa, neste momento apenas 83 infratores cumprem medidas socioeducativas por terem cometido latrocínio (caso que reacendeu o debate sobre a maioridade penal na última semana). Ou seja, menos que 1%.
2 – Redução da maioridade penal não diminui a violência. O debate está focado nos efeitos, não nas causas da violência
Como já foi dito, a primeira reação de alguns setores da sociedade sempre que um adolescente comete um crime grave é gritar pela redução da maioridade penal. Ou quase isso: dificilmente vemos a mesma reação quando a vítima mora na periferia (nesses casos, a notícia vira apenas uma notinha nas páginas policiais). Mas vamos evitar leituras ideológicas do problema.
A redução da maioridade penal não resolve nem ameniza o problema da violência. “Toda a teoria científica está a demonstrar que ela [a redução] não representa benefícios em termos de segurança para a população”,afirmou em fevereiro Marcos Vinícius Furtado, presidente da OAB. A discussão em torno na maioridade penal só desvia o foco das verdadeiras causas da violência.
O Instituto Não Violência é bem enfático quanto a isso: “As pesquisas realizadas nas áreas social e educacional apontam que no Brasil a violência está profundamente ligada a questões como: desigualdade social (diferente de pobreza!), exclusão social, impunidade (as leis existentes não são cumpridas, independentemente de serem “leves” ou “pesadas”), falhas na educação familiar e/ou escolar principalmente no que diz respeito à chamada educação em valores ou comportamento ético, e, finalmente, certos processos culturais exacerbados em nossa sociedade como individualismo, consumismo e cultura do prazer.
No site da Fundação Casa temos acesso a uma pesquisa que revela o perfil dos internos (2006):
Em linhas gerais, o adolescente infrator é de baixa renda, tem muitos irmãos e os pais dificilmente conseguem sustentar e dar a educação ideal a todos (longe disso). Isso sem contar quando o jovem é abandonado pelos pais, quando um deles ou ambos faleceram, quando a criança nem chega a conhecer o pai, entre outras complicações.
Claro que é bom evitar uma posição determinista, a pobreza e a carência afetiva por si só não produzem criminosos. Mas a falta de estrutura familiar, de educação, a exposição maior à violência nas periferias e a falta de políticas públicas para esses jovens os tornam muito mais suscetíveis a cometer pequenos crimes.
Especialistas afirmam que os adolescentes começam com delitos leves, como furtos, e depois vão subindo “degraus” na escada do crime. De acordo com Ariel de Castro Alves, ex secretário-geral do Conselho Estadual da Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), muitos dos adolescentes que chegam ao latrocínio têm dívidas com traficantes e estão ameaçados de morte, e isso os estimula a roubar.
Vale aqui lembrar a falência da Fundação Casa, que em vez de recuperar os jovens, acaba incentivando os internos a subir esses degraus do crime. Para entender melhor sua realidade, recomendo a leitura da matéria “De Febem a Fundação Casa” da Revista Fórum. Nela temos o relato do pedagogo Carlos (nome fictício), que sofreu ameaças frequentes por contestar os atos abusivos da direção: “A Fundação Casa nasceu para dar errado. Eles saem de lá com mais ódio, achando que as pessoas são todas ruins e que não há como mudar isso. São desrespeitados como seres humanos, são tratados como lixo. E isso faz com que eles pensem que não podem mudar.”
Atuante na Fundação há onze anos, Carlos conta que os atos de violência contra os adolescentes são cotidianos e descarados, apoiados inclusive pelo diretor, que também “bate na cara dos meninos”. Essa bola de neve de violência só poderia resultar em crimes cada vez mais graves cometidos pelos garotos.
3 – A redução da maioridade penal tornaria mais caótico o já falido sistema carcerário brasileiro e aumentaria o número de reincidentes
Dados objetivos: Temos no Brasil mais de 527 mil presos e um déficit de pelo menos 181 mil vagas. Não precisamos nos aprofundar sobre a superlotação e as condições desumanas das cadeias brasileiras, é óbvio que um sistema desses é incapaz de recuperar alguém.
A inclusão de adolescentes infratores nesse sistema não só tornaria mais caótico o sistema carcerário como tende a aumentar o número de reincidentes. Para o advogado Walter Ceneviva, colunista da Folha, a medida pode tornar os jovens criminosos ainda mais perigosos:“Colocar menores infracionais na prisão será uma forma de aumentar o número de criminosos reincidentes, com prejuízo para a sociedade. A redução da maioridade penal é um erro.”
A Unicef também destaca os problemas que os EUA enfrentam por colocar adolescentes e adultos nos mesmos presídios. “Conforme publicado este ano [2007] no jornal The New York Times, a experiência de aplicação das penas previstas para adultos para adolescentes nos Estados Unidos foi mal sucedida resultando em agravamento da violência. Foi demonstrado que os adolescentes que cumpriram penas em penitenciárias, voltaram a delinquir e de forma ainda mais violenta, inclusive se comparados com aqueles que foram submetidos à Justiça Especial da Infância e Juventude.”
O texto em questão foi publicado no New York Times em 11 de maio de 2007 e está disponível na íntegra na página 34deste PDF da Unicef.
4 – Ao contrário do que é veiculado, reduzir a maioridade penal não é a tendência do movimento internacional
Tenho visto muitos textos afirmando que o Brasil é um dos raros países que estipulou a maioridade penal em 18 anos. Tulio Kahn, doutor em ciência política pela USP, contesta esses dados. “O argumento da universalidade da punição legal aos menores de 18 anos, além de precário como justificativa, é empiricamente falso. Dados da ONU, que realiza a cada quatro anos a pesquisa Crime Trends (Tendências do Crime), revelam que são minoria os países que definem o adulto como pessoa menor de 18 anos e que a maior parte destes é composta por países que não asseguram os direitos básicos da cidadania aos seus jovens.”
Ainda segundo a Unicef “de 53 países, sem contar o Brasil, temos que 42 deles (79%) adotam a maioridade penal aos 18 anos ou mais. Esta fixação majoritária decorre das recomendações internacionais que sugerem a existência de um sistema de justiça especializado para julgar, processar e responsabilizar autores de delitos abaixo dos 18 anos. Em outras palavras, no mundo todo a tendência é a implantação de legislações e justiças especializadas para os menores de 18 anos, como é o caso brasileiro.”
O que pode estar acontecendo na grande mídia é uma confusão conceitual pelo fato de muitos países usarem a expressão penal para tratar da responsabilidade especial que incide sobre os adolescentes até os 18 anos. “Países como Alemanha, Espanha e França possuem idades de inicio da responsabilidade penal juvenil aos 14, 12 e 13 anos. No caso brasileiro tem inicio a mesma responsabilidade aos 12 anos de idade. A diferença é que no Direito Brasileiro, nem a Constituição Federal nem o ECA mencionam a expressão penal para designar a responsabilidade que se atribui aos adolescentes a partir dos 12 anos de idade”.
Confiram aqui a tabela comparativa entre diferentes países ao redor do mundo. Alguns países vêm seguido o caminho contrário do que a grande mídia divulga e aumentado a maioridade penal. “A Alemanha restabeleceu a maioridade para 18 anos e o Japão aumentou para 20 anos. A tendência é combater com medidas socioeducativas. Estudos apontam que os crimes praticados por crianças e adolescentes, no Brasil, não passariam de 15%. Há uma falsa impressão de que esses jovens ficam impunes, o que não é verdade, pois eles respondem ao ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente)”, argumenta Márcio Widal, secretário da Comissão dos Advogados Criminalistas da OAB.
Há ainda diversos argumentos contra a redução da maioridade penal, mas o texto já se estendeu muito e vamos focar em mais dois. A medida é inconstitucional; a questão da maioridade faz parte das cláusulas pétreas da Constituição de 1988, que não podem ser modificadas pelo Congresso Nacional (saiba mais sobre as cláusulas pétreas da CF aqui). Seria necessária uma nova Assembleia Constituinte para alterar a questão.
“São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da legislação especial” (Artigo 228 da Constituição Federal). Ou seja, todas as pessoas abaixo dos 18 anos devem ser julgadas, processadas e responsabilizadas com base em uma legislação especial, diferenciada dos adultos.
Há ainda o clássico argumento de que o crime organizado utiliza os menores de idade para “puxar o gatilho” e pegar penas reduzidas. Se aprovada a redução da maioridade penal, os jovens seriam recrutados cada vez mais cedo. Se baixarmos para 16 anos, quem vai disparar a arma é o jovem de 15. Se baixarmos para 14, quem vai matar será o garoto de 13. Estaríamos produzindo assassinos cada vez mais jovens. Além disso, “o que inibe o criminoso não é o tamanho da pena e sim a certeza de punição”, diz o advogado Ariel de Castro Neves. “No Brasil existe a certeza de impunidade já que apenas 8% dos homicídios são esclarecidos. Precisamos de reestruturação das polícias brasileiras e melhoria na atuação e estruturação do Judiciário.”
Reforçando, tudo o que foi discutido até aqui foi para mostrar o problema de tratar essa questão com imediatismo, impulsividade. Os debates estão sendo feitos quase sempre em cima dos efeitos da violência, não de suas causas, desviando o foco das reais origens do problema.
Que tal nos mobilizarmos para cobrar uma profunda reforma na Fundação Casa, de forma que ela cumpra minimamente seus objetivos? Ou para cobrar outra profunda reforma no sistema carcerário brasileiro, que possui 40% de presos provisórios? Será que todos deviam estar lá mesmo?
E melhor ainda: que tal nos mobilizarmos para que o Governo invista pesado na prevenção da criminalidade, como escolas de tempo integral, atividades de lazer e cultura? Estudos mostram que quanto mais as crianças são inseridas nessas políticas públicas, menores as chances de serem recrutadas pelo mundo das drogas e pelo crime organizado.
“Quando o Estado exclui, o crime inclui”, afirma Castro Alves. “Se o jovem procura trabalho no comércio e não consegue, vaga na escola ou num curso profissionalizante e não consegue, na boca de fumo ele vai ser incluído.”
Na teoria o ECA é uma ótima ferramenta para prevenir a criminalidade. Mas há um abismo entre a teoria e a prática do ECA: a falta de políticas públicas para a juventude, a falta de estrutura e os abusos na Fundação Casa acabam produzindo o efeito contrário do desejado. Mesmo assim, a reincidência no sistema de internação dos adolescentes é de aproximadamente 30%. No sistema prisional comum é de 60%, segundo o Ministério da Justiça.
No fim das contas, suspeito que boa parte da sociedade não quer recuperar os jovens infratores. Muitos gostariam mesmo é de fazer justiça com as próprias mãos ou que o Estado aplicasse a pena de morte, como sugeriu o filósofo Janine Ribeiro no calor da emoção. Mas já que isso não é possível, então “que apodreça na cadeia junto com os adultos”.
Por causa de fatos isolados, como a tragédia do menino João Hélio e do estudante Victor Hugo, cobram do governo a redução da maioridade penal, uma atitude impulsiva e irresponsável que iria piorar ainda mais a questão da violência no Brasil. A questão é tentar reduzir a violência ou atender a um desejo coletivo de vingança?
Publiquei recentemente o seguinte comentário/texto na SR, para apresentar o vídeo "A História dos Direitos Humanos": "Direitos humanos para humanos direitos" é uma infeliz expressão de uso comum que visa retirar de certos indivíduos a condição de humanos para legitimar a tomada de ações extremas, como supressão do direito da ampla defesa e contraditório, devido processo legal, e até mesmo do direito à vida. Deste posicionamento, para fazer o mesmo com um grupo indesejado por qualquer outra razão, é um pulo. Pronto, está legitimado o extermínio de indivíduos ou grupos, com apoio de parcela da população.
Alguém, em sã consciência, desejaria a volta do nazismo?
Quem conhece a história dos Direitos Humanos, as razões para seu surgimento, circunstâncias, etc., geralmente se opõe à desumanização de qualquer indivíduo ou grupo e defende o Estado de Direito, o direito à vida, o processo legal, enfim, os Direitos Humanos.
Por estas razões, entre outras, é importante saber, e refletir, sem deixar que as emoções momentâneas e o medo interfiram na tomada de decisões que decidam sobre os direitos e proteções jurídicas que recaiam sobre outrem.
Aí, eis que surgem os comentários que parecem ignorar o vídeo, a reflexão, o texto... filhos das putas: O senhor José Arruela disse o seguinte:
"Eu particularmente defendo a afirmativa "Direitos humanos para humanos direitos" uma vez que a validação desmedida da noção de "direitos humanos" pode causar a desvalidação da noção de "justiça",
Humanos não direitos devem sim ser alvos de sanções de acordo com a qualificação e a quantificação de suas violações dos direitos humanos de humanos direitos.."
PRIMEIRO: quem disse que inexistem as possibilidades de sanções ou que exista alguma vedação à estas? SEGUNDO: Quem define o que é um humano direito? TERCEIRO: Justiça é vendetta? O senhor Sebastião do Caminhao Common Sense comentou:
"Se fizermos "olho por olho", todo mundo acaba cego; se não fizermos, as pessoas de bem acabarão cegas e os vagabundos enxergando perfeitamente ..."
Novamente. Quem define quem são os vagabundos? A discricionariedade destas definições, que podem ser bastante amplas, causariam grande insegurança jurídica. Eis porque algumas garantias devem ser dadas para TODOS, sem exceção. A garantia do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório, da não penalização sem julgamento, dos remédios constitucionais, o reconhecimento como pessoa portadora de direitos, etc. E que batalhemos por isso. Desumanizar (tirar do outro a condição de humano) é o caminho para a injustiça.
Até o Kauê Moura (digo "até" porque muitas vezes ele faz uma análise bem superficial) tem um ponto de vista bastante sensato sobre o tema: http://www.youtube.com/watch?v=GG-1N0U52vM
Faz alguns dias que tenho sido atormentado, durante os
períodos de insônia nada incomuns, por intensa atividade cerebral. As áreas de
foco durante os períodos em que estava “raciocinando minha cabeça” são dos mais
diversos, porém, um tem sido mais recorrente, motivo que me levou a
escrevê-los, e compartilhar com os demais estas observações. As “conclusões” e
análises aqui apresentadas estão longe de representar qualquer verdade. As evidências utilizadas foram observações
pessoais (evidência anedótica, com possibilidade de erro enorme) das parcelas
de população e suas correlações com os vários aspectos da sexualidade humana.
Chega de enrolação, e vamos lá:
Sabe-se que existe uma gama enorme de aspectos
comportamentais sexuais humanos, assim como características exclusivamente
físicas e decorrentemente genéticas, que também são “agraciadas” pelas benesses
da diversidade natural.
Quase todas as características podem existir em oposição à
outra, menos nos casos de cromossomos e fenótipos, onde existiram dependências
específicas próprias. Exemplo: Uma mulher XX com uma vagina dificilmente terá
aparência total masculina (mas eu não duvido da diversidade natural :P)
Outra coisa é a desvinculação da identificação sexual (que
não fiz um gráfico), nível de atração e tipo de atração sexual de todas as
outras características. Pode perfeitamente e naturalmente existir um indivíduo
XY, com aparência andrógina, um pênis típico, com identificação sexual
feminina, pouca atração sexual e heterossexual. Pensem nas infinitas possibilidades
de indivíduos. Todos estes são perfeitamente naturais e sem contar os casos
genéticos específicos, perfeitamente “normais”.
Um destes aspectos são os cromossomos sexuais. Além do
conhecimento de ensino médio, XX mulher, XY homem, sabe-se da ocorrência de
diversas mutações, que certas vezes não alteram muitas características do
individuo, além das sexuais, e outras vezes alteram e comprometem completamente
a sobrevivência destes indivíduos. Não é
meu intuito se aprofundar no tema, pois exigiria demasiado aprofundamento em um
tema que considero interessantíssimo – a genética – mas falta-me tempo.
Portanto, limitar-me-ei a expor que existem vários estados “intermediários”
genéticos, além daqueles citados, XX e XY.
Na tabela acima, vemos algumas destas variações (XO, XXY,
XXXX, XXXXX, XXYY, XYY) com uma distribuição não exata, mas que representa a
ideia proposta, e mostra a curva gráfica existente, que vai se demonstrar em
vários outros elementos da sexualidade.
Pois bem, passemos para o próximo aspecto.
O fenótipo (aparência) depende da genética e dos cromossomos
sexuais, porém não lhe é restrito. Existem mulheres com aparência bastante
masculinizada, assim como seu inverso, homens com aparência feminina.
Não estou
falando de órgãos sexuais, mas somente de outras características (nariz,
proporções do corpo, formato de olhos e bocas, etc.). Outros elementos podem
contribuir, e é importante, neste aspecto, notar que existe uma distribuição
escalonada. Exemplo: Na ponta esquerda do gráfico, teríamos um indivíduo com
traços tipicamente masculinos totais. Um pouco a direita, o mesmo, com algum
traço típico feminino. Depois, um indivíduo tipicamente masculino com dois
traços femininos, e assim sucessivamente. Até chegarmos ao meio, onde situam-se
os indivíduos com traços tão balanceados, que causam dúvida ao observador de seu gênero sexual.
A linha representa a distribuição (aparente, lembrando
sempre) das populações nestas características.
Próximoooo:
Aqui o exemplo do fenótipo (órgão sexual), onde também
existe bastante variabilidade. Nos dois extremos, pênis e vaginas típicos, e no
centro, ambos os órgão sexuais (hermafroditismo). Entre eles, alguns indivíduos
que possuem o órgão sexual completo de um gênero e elementos de outro, sem
completude, enfim, dá pra entender. A linha novamente aponta a distribuição das
populações.
Mesma coisa dos anteriores, mas agora a distribuição se
inverte. Existem mais indivíduos com um nível de atração sexual médio que os
assexuados ou com níveis de atração de nível patológico que desconsideram até
mesmo seus freios de moralidade ou os impostos pela sociedade (criminosos
sexuais das mais variadas espécies).
A curva continua presente.
O tipo de atração sexual feminina é algo que quero deixar em
separado do gênero masculino. Sabe-se que há uma cultura pró (permissiva, pelo
menos, ou não condenatória) bissexualidade feminina. Aparentemente, muitas
mulheres sentem atração por ambos os gêneros.
A distribuição das populações seguiria o formato curva acima, que não é
de todo estranho, já que se manifestou em outros aspectos da sexualidade.
Agora vamos à atração sexual masculina. Se visualizarmos o
número de homossexuais, bis e héteros, teremos a seguinte distribuição:
Mais aí é que está. Porque este gráfico difere tanto de
todos os outros, incluindo o de mesmo tipo do gênero oposto?
O gráfico de distribuição de populações poderia também ser
do tipo abaixo:
Parece-me também estranho, já que o número de homossexuais
puros deveria ser aproximado do número de héteros puros.
PERCEBA, pelo amor de Odin, Anúbis, Juju Chessus, que
quando falo de um comportamento homossexual ou heterossexual puro, presumo ser
aquele individuo que tem atração exclusivamente pelo seu gênero ou outro (se é
que isso existe – presumo que sim). Um homem que sente atração exclusivamente
por outros seria um homossexual puro e um que sente atração exclusivamente por
mulheres um hétero puro.
Todos são
perfeitamente naturais, normais, apesar de geralmente uns serem citados como
“incomuns”.
Como acredito não haver tantos homo quanto héteros,
visualizando as populações respectivas, que a distribuição se dá como no
gráfico abaixo:
Essa distribuição seguiria o padrão feminino e de outras
características sexuais. Implicações trazidas seriam que a maioria dos
indivíduos teriam atração tanto por homens quanto por mulheres, variando em
intensidade para um ou outro lado. Como sabemos que existe pressão social para
o preconceito, ou até mesmo segregação e condenação dos homossexuais, tal
característica seria totalmente disfarçada, e quem sabe, eis a causa da
homofobia.
“Com outro homem não se deitará, como se fosse mulher,
abominação é” - pq fala que nem o Mestre Yoda, Bíblia fdp? - além de
outros preconceitos de outras origens, muitas vezes religiosas, podem somados à
normal atração sexual por ambos os gêneros, converterem-se na homofobia
virulenta que vitima muitos, especialmente entre no gênero masculino.
Haveria meios eficazes de se alcançar dados reais que
confirmassem tal colocação. Mas para tal, seria necessária a análise da
atividade cerebral direta, para detectar a atração sexual, já que muito
provavelmente, “machões do tipo alpha” dificilmente revelariam eventual atração
que sentissem ao depara-se com fotos de homens nus.
****IMPORTANTE: Toda essa hipótese e análise não conta
necessariamente com respaldo de dados populacionais, nem mesmo outras análises
necessárias. Fica, portanto, como exercício puro reflexivo.
Perambulando virtualmente pelo Facebruik Facebook, me deparei com a seguinte postagem, de André Dahmer, cartunista que utiliza da arte para levantar muitas questões pertinentes da atualidade:
Alguns números para um debate mais lúcido sobre redução da maioridade penal:
1. Menores em conflito com a lei representam apenas 0,1583% da população adolescente.
2. A maioria dos crimes cometidos por adolescentes são contra o patrimônio (58,7%). O homicídio responde por apenas 1,4% dos casos.
Leiam com calma e serenidade o relatório da UNICEF: http://www.mpdft.gov.br/portal/pdf/unidades/promotorias/pdij/Diversos/estudo_idade_penal_completo.pdf
Outro comentário de um usuário, interessante:
"Para todos pensarem: "Rápido comentário de repúdio a esta "imagem" que vem sendo compartilhada (anexa à nota). Trata-se de mais uma faceta do punitivismo/hipocrisia/miopia social que domina nosso país:
No Brasil menor PODE:
- Não ter acesso à moradia (viver nas ruas);
- Ser submetido a todo tipo violência: física (espancamentos), moral (humilhações), sexual (estupros);
- Não receber qualquer tipo de educação (muito menos de qualidade),
- Não ter acesso à saúde;
- Não ter sanemaneto básico (viver no lixo e no esgoto);
- Ser submetido à exploração sexual;
Em suma ter TODOS os seus direitos constitucionais e legais violados diariamente pelo Estado e pela sociedade que tem o DEVER de protegê-lo. Mas ao entrar em conflito com a lei e cometer um "delito" a HIPOCRISIA entra em cena e pede que eles sejam "julgados como adultos" e punidos severamente.
O mais curioso sobre essa visão esteriotipada do "deliquente juvenil" é que ninguém chama o próprio filho/irmão/sobrinho de "menor" muito de menos de "menor infrator" quando este comete algum "desvio de conduta". "Menor" é o filho da pobreza, é o garoto que vende bala no sinal, é o excluído da sociedade consumo. "Os nossos" não são menores, são crianças e adolescentes.
É interessante que as pessoas peçam rigor máximo na punição aos menores, mas gostaria de questionar algo:
POR QUE não "dão voz de prisão a si mesmos" quando passam por uma criança "abadonada" na rua e nada fazem? Talvez não saibam que tal atitude configura CRIME de "Omissão de Socorro" (art. 135 do CP) - natural já que a segunda parte deste artigo não nos interessa.
_______________________________________________
Omissão de socorro
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, À CRIANÇA ABADONADA OU EXTRAVIADA, ou à pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - A pena é aumentada de metade, se da omissão resulta lesão corporal de natureza grave, e triplicada, se resulta a morte."
Fonte: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm_________________________________________
Não bastasse isso eu posso garantir que as instituições de cumprimento das "medidas sócio-educativas" são muito mais parecidas com masmorras medievais do que com "centros de reabilitação". Podem ter certeza de que qualquer menor no Brasil cumpre uma "pena" (medida sócio-educativa) MUITO mais grave do que aquela a que foi condenado.
Quem tiver interesse em conhecer quem são os "menores infratores do Brasil":
JUÍZO (Documentário): http://www.youtube.com/watch?v=EDtN2Xs_eMU"
Sem tempo de escrever com maior profundidade, que o assunto requer, mas ficam aí alguns links e comentários.
Importante a análise minuciosa de diversas questões relacionadas, antes de formar conclusões emocionais e precipitadas sobre o tema, que geralmente baseiam-se na vingança, que é somente um dos aspectos da lei penal, e nada influenciam nos motivos/causas de cometimento de crimes/infrações.
Buenas!
Fazia tempo que não escrevia nada, não?
Infelizmente, ainda não irei fazê-lo, mas para dar um sinal de vida, farei aqui a sugestão de alguns vídeos, palestras e documentários que assisti recentemente no Youtube e por seu conteúdo, indico aos amigos e colegas;
Pretendo fazer deste um link definitivo, então, em vez de criar um novo post quando houverem mais indicações, farei a edição e compartilharei o mesmo.
Bora? Então vai lá:
O Universo 1ª Temporada- Procura pelo ET.
Informações: Estamos sós? Desde o princípio da história do homem se tem feito esta pergunta. Parece improvável que galáxias de bilhões de estrelas e planetas, em um universo com bilhões de galáxias, apenas tenham produzido um único tipo de vida inteligente. Se isto fosse certo, nosso Universo seria uma grande perda de espaço.
Palestra TED: Peter Diamandis: Abundância é nosso futuro
Informações: No palco do TED2012, Peter Diamandis defende o otimismo -- que nós inventemos, inovemos e criemos meios de resolver os desafios que pairam sobre nós. "Não estou dizendo que não temos problemas; certamente os temos. Mas no final, nós acabaremos com eles".
Informações: O que pode o corpo? Ao longo da história do pensamento, cada época, cada área do conhecimento, se questionou sobre o corpo e produziu sua teoria para explicá-lo. Neste Café Filosófico, a bailarina Dani Lima conta a sua interpretação sobre o corpo e a dança.
A filósofa Viviane Mosé, curadora desta série do Café Filosófico, também participa do programa, debatendo como o problema mente-corpo, tão antigo e tão presente na filosofia, interfere na nossa vida hoje. O corpo e a dança são os temas deste Café Filosófico.
Palestra TED: Michael Shermer sobre acreditar em coisas estranhas TED Legendado PT-BR
Informações: Por que as pessoas enxergam a Virgem Maria em um sanduíche de queijo ou escutam letras demoníacas em "Stairway to Heaven"? Utilizando vídeo e músicas, o cético Michael Shermer mostra como nos convencemos a acreditar e ignoramos os fatos.
Palestra TED: Freeman Dyson - legendado em português
Informações: Freeman Dyson é um astrofísico de Princeton, que nos fala nesta palestra sobre a possibilidade de haver outros tipos de vida em nosso Sistema Solar.
Palestra TED: Steven Pinker fala sobre o mito da violência TED Legendado PT-BR
Informações: Steven Pinker mapeia o declínio da violência desde os tempos bíblicos até os nossos dias, e argumenta que, apesar de parecer ilógico e até obsceno (dado o que acontece no Iraq e em Darfur), estamos vivendo a época mais pacífica da existência de nossa espécie.
Earth HD| Time Lapse View from Space, Fly Over | NASA, ISS
Informações: Um belo vídeo para simples contemplação, com a vista da Terra pela ISS, a Estação Espacial Internacional, ao som de Soneto ao Luar (Moonlight Sonata), de Beethoven.
Informações: Nesse vídeo eu (O DDimensões, na verdade, hehehe) tento explicar de maneira resumida o conceito de dimensão, e comento sobre a possibilidade de outras dimensões em nosso universo.
Link: http://www.youtube.com/watch?v=xA8Ap4zD6Xk
Astronomia Ao Vivo #12 - Somos poeira de estrelas? Parte 2
Informações: Hangout especial com a palestra " Somos Poeira de Estrelas?" do Prof. Paulo Leme, fisico e professor de astronomia na Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo!
(Sei que já indiquei, mas entra na lista novamente) Informações: O seu senso de justiça depende do que você comeu no café da manhã? O Prozac pode influenciar o seu julgamento do que é certo ou errado? Como nós podemos encorajar as pessoas a se importarem com o bem-estar de outros? A pesquisa de Molly Crockett aborda essas questões. Ela acredita que compreender o cérebro pode nos permitir criar ambientes que promovam a cooperação em vez do egoísmo.
Via Láctea - Galáxia da Terra - [1 de 3] - Imensidão do Universo
Informações: A Galáxia Via Láctea, é uma galáxia espiral onde se encontra o Sistema Solar, logo a Terra.
Veja as três partes: http://www.youtube.com/user/SeteAntig...
É uma estrutura constituída por cerca de duzentos bilhões de estrelas (algumas estimativas colocam esse número no dobro, em torno de quatrocentos bilhões) e tem uma massa de cerca de um trilhão e 750 bilhões de massas solares.
Sua idade está calculada entre 13 e 13,8 bilhões de anos, embora alguns autores afirmem estar na faixa de quatorze bilhões de anos. A nossa galáxia é, apesar disso tudo, de tamanho mediano, no universo existe galáxias com mais de 1 Trilhão de Estrelas. Só no universo conhecido já foram estimadas mais de 250 bilhões de Galáxias. Isso deixa claro a total e completa insignificância da Terra com relação ao resto do universo.
Documentário - Alain de Botton - Ansiedade de Status 1/3 (2004)
Informações: Somos mais ricos do que nunca. Vivemos mais tempo, temos mais bens e perdemo-nos em grandes luxos. Então, porque não conseguimos ser mais felizes?! Contudo, existe uma preocupação acima de tudo que nos consegue tirar o sono: "o status". Terei sucesso? Será que tenho o carro e as roupas certas? Será que as pessoas pensam que sou um falhado?
Nesta série documental, Alain de Botton, escritor e apresentador de uma das séries mais aclamadas, "Philosophy: A guide to Hapiness", desafia a ideia daquilo que nós fazemos, onde vivemos e o que possuímos, poder determinar a nossa felicidade. Alain acredita que nós estamos certos em nos preocuparmos acerca do "status", mas que andamos à procura dele nos lugares errados. Com a ajuda de alguns dos maiores pensadores da história e um grupo de intrigantes e excêntricas personagens Alain, fala-nos da maneira como a ideia de "status" se modificou nos últimos 200 anos e inicia uma viagem através da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos para descobrir algumas das maneiras mais excitantes e radicais que nos fazem sentir vencedores...
Documentário - BBC O Poder dos Pesadelos - Episódio 01 - Baby, Está Frio Lá Fora
Informações: The Power of Nightmares (O Poder dos Pesadelos) é um documentário da BBC dividido em 3 partes, escrito por Adam Curtis e lançado em 2004. O documentário analisa em detalhes a "política do pesadelo", a qual consiste em dividir o mundo em dois polos: Bem (EUA & aliados) e Mal (Ex: Ex-URSS ou Sadam Russein), praticada pelos EUA.
A primeira parte consiste em explicar a origem do pensamento terrorista muçulmano. Esta remonta o ano de 1949, iniciada por um jovem estudante de pedagogia egípcio, Sayyid Qutb. Qutb irá aos EUA estudar o sistema educacional do país em um colégio público no interior do estado do Ohio. O então jovem Sayyid Qutb se desilude com a sociedade e os valores estadunidenses; volta ao Egito no ano seguinte, 1950, e decide lutar contra a presença da influência estadunidense nos países islâmicos.
Informações: Religulous acompanha o comediante Bill Maher na sua viagem a locais de culto religioso em todo o mundo, para entrevistar um vasto espectro de crentes em Deus e na Religião. Conhecido pela sua astuta capacidade analítica e pelo seu empenhamento em não ser agressivo para ninguém, Maher aplica a sua característica honestidade e espírito irreverente às questões da Fé, fazendo-nos entrar numa divertida e provocatória viagem espiritual. O filme não trata exatamente da existência ou não existência de Cristo e Deus, mas sim das religiões seguidas por todo mundo, em principal a cristã. Como o próprio nome indica: religião + ridículo= Religículo (título alternativo), é um filme no estilo de Zeitgeist com um tom humorístico bem peculiar.
Documentário - SICKO - SOS Saude - Michael Moore completo legendado
Informações: Mais um bom documentário de Michael Moore, depois de Fahrenheit 9/11 e Tiros em Columbine, SICKO SOS Saúde destaca o sistema de saúde americano, empresas de plano de saúde que negam assistência a pacientes e tratamentos em nome do lucro.
Documentário - A Corporação (2003) - Versão completa - The Corporation ( Leg. Pt-Br)
Informações: Excelente documentário canadense de 2002, que apresenta o poder das Corporações, mais forte que o poder politico.
Através de seus lobbies junto aos governos e suas ferramentas de merchandising, marketing, branding, etc ,elas definem tendencias de consumo de produtos eletrônicos, vestuário, alimentos, entretenimento, medicamentos, etc.
Corporações farmacêuticas influenciam e ate definem o que será e o que não sera ensinado nos curriculos universitários de Medicina, Farmácia e outras áreas de Saúde, para defender seus interesses mercantilistas de vendas de inúmeros medicamentos nocivos.
Informações: EARTHLINGS é um filme de 2005 sobre o uso, por humanos, dos animais não humanos como animais de estimação, alimentação, vestuário, entretenimento, e pesquisa científica.O filme é narrado por Joaquin Phoenix e apresenta música de Moby, ambos praticam o veganismo. Foi dirigido por Shaun Monson e co-produzido por Maggie Q, que também são veganos
Mostrando lojas de animais, as "fábricas de filhotes" e abrigos de animais, bem como fazendas industriais, o comércio de couro e peles, esportes e entretenimento, e finalmente a profissão médica e científica, EARTHLINGS inclui imagens obtidas através do uso de câmeras escondidas para a mostrar o dia-a-dia de algumas das maiores indústrias do mundo, que exploram os animais.
Documentário - A História Secreta da Obsolescência Planeada [Legendado PT]
Informações: O filme conta a história de como a indústria tem trabalhado por quase 100 anos para promover o aumento do consumo e o crescimento econômico produzindo produtos de qualidade inferior.
Tudo começa com as lâmpadas elétricas, as primeiras vítimas da obsolescência programada. Na década de 1920, um cartel de fabricantes de luzes decidiu que elas não deveriam durar mais do que mil horas. Naquela época, boa parte das lâmpadas duravam até 2,5 mil horas.
Outros dois casos são emblemáticos no documentário. Um levanta a questão das impressoras a jato de tinta. Elas teriam um sistema especialmente desenvolvido para travar o equipamento depois de um certo número de páginas impressas, sem a possibilidade de reparo, claro (pelo menos oficialmente). O outro trata do primeiro iPod da Apple, cuja bateria foi minuciosamente desenhada para durar pouco, também sem a possibilidade de substituição.
Documentário - BBC Como a Arte Fez o Mundo - Episódio 1 - Mais Humano Do Que O Humano (2005)
Informações: Existe uma imagem que domina o mundo contemporâneo como nenhuma outra: o corpo humano. "Como a Arte Fez o Mundo" viaja desde o mundo moderno da publicidade aos templos da Grécia clássica e túmulos do antigo Egito para desvendar o mistério por trás do motivo de os humanos se rodearem de imagens do corpo que são tão irreais.
Informações: Ilha das Flores é um filme de curta-metragem brasileiro, do gênero documentário, escrito e dirigido pelo cineasta Jorge Furtado em 1989, com produção da Casa de Cinema de Porto Alegre. O filme foi realizado com o apoio de Kodak do Brasil, Curt-Alex Laboratórios e Álamo Estúdios de Som.
De forma ácida e com uma linguagem quase científica, o curta mostra como a economia gera relações desiguais entre os seres humanos. O próprio roteirista/diretor já afirmou em entrevista que o texto do filme é inspirado em suas leituras de Kurt Vonnegut ("Almoço de Campeões"/ "Breakfast of Champions") e nos filmes de Alain Resnais ("Meu Tio da América"/ "Mon Oncle d'Amérique"), entre outros.
O filme já foi acusado de "materialista" por ter, em uma de suas cartelas iniciais, a inscrição "Deus não existe". No entanto, o crítico Jean-Claude Bernardet (em "O Cinema no século", org.Ismail Xavier, Imago Editora, 1996) definiu Ilha das Flores como "um filme religioso" e a CNBB (Confederação Nacional dos Bispos do Brasil) concedeu ao filme o Prêmio Margarida de Prata, como o "melhor filme brasileiro do ano" em 1990. Em 1995, Ilha das Flores foi eleito pela crítica européia como um dos 100 mais importantes curtas-metragens do século.
Informações: O Universo tem uma borda ou um centro ... ou não?
A Escala do Universo - http://htwins.net/scale2/
O MinutePhysics proporciona uma visão energética e divertida dos velhos e novos problemas da Física - tudo em um minuto !
Big Think - Neil deGrasse Tyson - Vivemos em Uma Galeria de Tiro Cósmica (LEGENDADO)
Informações: Neil de Grasse Tyson: Eu estou quase envergonhado da minha espécie. Vocês só podem estar tão cegos a tudo o que os especialistas vêm dizendo, que vocês tenham que esperar para que as pessoas quase morram para dizer: "Ah, eu acho que eles estão lá fora. Vamos fazer uma legislação para ajudar a encontrá-los e desviá-los. "
Filmado ao longo de três anos, em quarenta locais de doze países, o
programa Cosmos abriu a janela do Universo a mais de 500 milhões de pessoas. O
segredo desta série de treze horas foi o talento de comunicador de Sagan, capaz
de desmitificar o que até então fora informação científica inacessível. A
versão escrita deste programa continua a ser o livro de divulgação científica
mais vendido da história.
Ep. 1 – The Shores of Cosmic
Ocean (As Margens do Oceano Cósmico):
Carl Sagan apresenta o universo de maneira geral, revelando as
grandezas dos corpos celestes e a distância entre eles, além de lembrar
importantes estudos do passado para grandes descobertas como a esfericidade do
planeta. Realiza então uma viagem fictícia através da espaçonave da imaginação,
que o acompanha ao longo de toda a série, desde a extremidade do espaço até
nosso planeta, mostrando fenômenos como o nascimento e a morte de estrelas
diante de uma fusão nuclear e recordando a famosa equação de Einstein E=mc². Já
no planeta Terra, Sagan descreve o notório experimento feito por Eratóstenes
para medir a circunferência da Terra, lembrando-se de que ele foi um dos
diretores da Biblioteca de Alexandria e se lamentando da inestimável perda das
inúmeras obras que compunham a referida biblioteca que não sobreviveram aos
inúmeros ataques sofridos ao longo de sua história, como a obra História da
Babilônia, de Beroso. O episódio se encerra com o calendário cósmico, elaborado
em seu livro Dragões do Éden.
Ep. 2 – One Voice in the Cosmic Fugue (Uma Voz na
Sinfonia Cósmica):
Já no nosso planeta, Carl Sagan comenta agora sobre as origens da vida
e a evolução das espécies, especulando sobre a hipótese da existência de seres
vivos noutros planetas. Ele relembra o poema épico japonês Heike Monogatari e
como isso aparece nas lendas em torno dos caranguejos da espécie Heikea
japonica. Daí, parte-se para a reaprenstação de seu calendário cósmico, para
então comentar as semelhanças moleculares entre as diferentes formas de vida,
numa visita ao jardim botânico londrino Royal Botanic Gardens. Ao sair do
jardim botânico real, Sagan senta-se num grande carvalho, quando
propositalmente fura o dedo com o estpinho de uma Rosa, a fim de dar início a
uma viagem virtual ao mundo molecular, apresentando os mecanismo de replicação
do DNA. Por fim, após o químico Bishun Khare demonstrar a experiência de
Urey-Miller num laboratório da Universidade de Cornell, Sagan especula sobre
vida extraterrestre, quando exibe então três seres imaginados por ele e seu
colega físico E. E. Salpeter, também da Universidade de Cornell, que seriam
capazes de viver na superfície gasosa do planeta Júpiter: os afundadores,
flutuadores e os caçadores.
Ep. 3 – The Harmony of the Worlds (A Harmonia dos
Mundos):
Sagan inicia o terceiro episódio da série mostrando as diferenças entre
a astrologia e a astronomia, lamentando a presença massiva da astrologia nos
jornais, frente à dificuldade de encontrar qualquer coluna sobre astronomia.
Traçando o percurso da humanidade na observação dos corpos celestes e na
descoberta das leis que os regem, Sagan vai dos Anasazi à superação do modelo
geocênctrico promovida por Copérnico, Tycho Brahe e Kepler.
O episódio parte do chamado evento Tunguska, um pequeno cometa que
teria atingido a Terra no ano de 1908, provocando uma enorme explosão na
Sibéria. Este fato serve a Sagan explanar acerca das crateras de impacto,
lembrando-se dos relatos dos monges da Catedral de Canterbury, feitos em 1178,
quando possivelmente os monges avistaram um choque que teria formado a cratera
lunar Giordano Bruno. Sagan prossegue na história dos relatos de cometas
demonstrando exemplos na tapeçaria de Bayeux, no famoso quadro de Giotto e no
grande temor criado após a detecção de cianogênio no rastro do cometa Halley,
quando ele passava próximo à Terra no ano de 1910. Segue-se então numa viagem
até Vénus, com as suas altas temperaturas e o seu superlativo efeito de estufa,
desde as especulações de Immanuel Velikovsky até os até então recentes dados
das sondas Venera.
Ep. 5 – Blues for a Red Planet
(O Blues do Planeta Vermelho):
Depois de Vénus, Marte é o planeta visitado neste episódio. Sagan
mostra o fascínio pelo planeta vermelho desde a A Guerra dos Mundos, de H. G.
Wells, e seu próprio fascínio pelos romances de Edgar Rice Burroughs, da série
de Barsoom, exibindo algumas ilustrações feitas por Michael Whelan. Assim,
Sagan passa para as anotações fantasiosas de Percival Lowell, seguindo pelo
desenvolvimento dos foguetes feito por Robert Hutchings Goddard, até o
lançamento das sondas Viking 1 e Viking 2, que buscaram sinais de vida no
planeta vermelho. Nesse ponto, o experimento de seu falecido amigo Wolf V.
Vishniac (1922-1973) é lembrado como uma possibilidade de encontrar vida em
solo marciano, bem como o projeto de rover elaborado pelo Instituto Politécnico
Rensselaer. Por fim, Sagan especula a respeito de uma teórica terraformação em
Marte que eventualmente pudesse derreter o gelo das calotas marcianas,
retornando aos canais fantasiosos de Percival Lowell relatados no início do
episódio.
Ep. 6 – Traveller’s Tales
(Histórias de Viajantes):
A partir da experiência da nave Voyager, Sagan a relaciona com as
grandes navegações da Idade Moderna, em especial no contexto da Holanda do
século XVII, que ao contrário da Itália, onde a mão forte da Igreja fez Galileu
recuar de seu modelo heliocêntrico e Giordano Bruno morrer na fogueira,
prestigiou um dos grandes cientistas daquele século: Christiaan Huygens. Após
uma breve explanação da vida do cientista holandês, Sagan retoma o curso da
Voyager, atravessando os anéis de Saturno até o maior satélite do sistema
solar, Titã, um corpo celeste rico em matéria orgânica.
Ep. 7 – The Backbone of Night (A
Espinha Dorsal da Noite):
No sétimo episódio, Sagan o inicia de modo nostálgico, relembrando suas
primeiras indagações sobre as estrelas. Ele volta à sala na qual estudou numa
escola do Brooklyn, incentivando os atuais alunos em relação às então novas
descobertas da Astronomia. Em seguida, mostra como a Via Láctea foi intepretada
de diferentes modos ao longo da história, inclusive como a espinha dorsal da
noite, expressão cunhada pelos ǃKung
(povo do deserto do Kalahari) e que dá título ao episódio. Da Àfrica, Sagan
segue para a Grécia, tida como berço do pensamento racional no ocidente, onde
apresenta Tales de Mileto e Polícrates. Após comentar sobre vários pré-socráticos,
critica os pensadores do período clássico, na medida a visão dualista,
principalmente de Platão, teria legitimado aquilo que Marx chamou de modo de
produção escravista. O episódio se encerra com Christiaan Huygens.
Ep. 8 – Travels in Space and
Time (Viagens no Espaço e no Tempo):
Neste oitavo episódio da série, Sagan vai à Itália de Leonardo da Vinci
para explicar a teoria da relatividade proposta por Albert Einstein, explicando
os eeitos decorrentes da velocidade da luz e suas implicações em teóricas
viagens no tempo e viagens interestelares. Por diversas vezes, ilustrações
feitas por Rick Sternbach são exibidas, em especial no caso de concepções
artísticas de naves espaciais. Então, a evolução do universo e a da vida são
apresentadas na segunda metade do episódio.
Ep. 9 – The Lives of Stars (As
Vidas das Estrelas):
O nono episódio se inicia com Sagan explicando, ao degustar um torta de
maçã, como átomos e seus componentes se apresentam, levando à idéia da grandeza
dos valores numéricos quando se trabalha numa escala tão pequena. Uma vez
apresentadas noções básicas de física e química, Sagan passa ao dos modelos
explicativos a respeito da vida das estrelas, descrevendo estágios como as
gigantes vermelhas, anãs brancas e buracos negros, bem como a possível
ocorrência da explosão de uma supernova na Antigüidade, representada em
pinturas rupestres do povo Anasazi. Já no final do episódio, com o auxílio de
um contador Geiger, Sagan mostra a importância das estrelas na evolução da vida
na Terra, uma vez que raios cósmicos provenientes de supernovas podem ter
atuado nas mutações ao longo do processo evolutivo.
Ep. 10 – The Edge of Forever (O
Limiar da Eternidade):
Neste episódio, Sagan apresenta diferentes teorias acerca da origem e
destino do Universo, desde lendas e crenças à astrofísica. Para tanto, Sagan
apresenta noções básicas de físicas, explicando a questão das 3 dimensões e a
possível quarta dimensão (tentando exibir o que seria um Tesseract), bem como o
efeito Doppler e sua repercussão para o teoria do universo em expansão,
desoberto através das observações esmeradas de Milton L. Humason. Ao tratar do
big bang, faz uma regressão às explicações cosmológicas do hinduísmo,
especialmente a "dança cósmica" do deus Shiva, numa escultura do
Império Chola.
Ep. 11 – The Persistence of
Memory (A Persistência da Memória):
Carl Sagan aborda a importância do desenvolvimento do cérebro humano
para o conhecimento, nomeando o episódio em questão a partir de um quadro
homônimo de Salvador Dali. Sagan parte da noção de bit e passa para a análise
da inteligência na vida marinha, em especial o caso dos cetáceos. Sagan
apresenta ainda a teoria do cérebro trino porposta pelo neurocientista Paul MacLean
e, num segundo momento, faz uma analogia do cérebro com uma grande cidade, uma
biblioteca e um computador. Já no final do episódio, o então recente disco
dourado da Voyager é apresentado como um símbolo do conhecimento acumulado pela
humanidade ao longo da evolução.
No penúltimo episódio da série, a vida extraterrestre, o grande
fascínio da vida de Sagan, apresenta-se como tema. Sagan refuta alguns dos mais
famosos casos de abdução, em especial o de Betty e Barney Hill. Decifrar
vestígios de um "outro mundo" parece então ter um papel crucial para
a investigação desses casos, e isso leva Carl Sagan a retomar a história de
Jean-François Champollion, que decifrou a pedra de Roseta. Retomando o estudo da
vida extraterrestre, Sagan demonstra a importância dos rádio-telescópios, em
especial no caso da Mensagem de Arecibo e do programa SETI.
Ep. 13 – Who Speaks for Earth? (Quem
Pode Salvar a Terra?):
Um planeta povoado de 60 mil armas nucleares é um planeta com futuro?
No último episódio, Sagan recria o contato do "velho" e do "novo
mundo", através da viagem feita por Jean-François de La Pérouse, bastante
distinta da Conquista Espanhola promovida por Cortez, no sentido de que La
Pérouse tinha ordens expressas de tratar com respeito quaisquer povos que
encontrasse em sua viagem. Sagan faz então uma série de reflexões acerca da
utilização militar da energia atômica e então retoma a Biblioteca de Alexandria
e como o poder centralizado da Igreja teve papel decisivo na destruição do acervo
da biblioteca, apresentando a vida de uma das últimas grandes filósofas
conhecidas da Antigüidade: Hipácia. Termina-se a série então com um vibrante
apelo à paz, em nome da nossa dignidade humana e em nome do respeito ao
universo do qual fazemos parte.